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Berço da filosofia, democracia e da civilização ocidental.

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As ruínas maias e o azul do caribe mexicano

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sábado, 26 de outubro de 2019

Fernando de Noronha



Fernando de Noronha é um arquipélogo brasileiro, formado por aproximadamente 21 ilhas (sendo apenas 1 habitada) e pertencente ao Estado de Pernambuco e localizado no Oceano Atlântico, a nordeste do continente brasileiro, mais precisamente a 545 quilômetros de distância de Recife.

A ilha durante o período do império foi base militar, muito utilizada pelos portugueses como ponto de resistência às tentativas de invasão por holandeses e franceses. Por estar isolada do continente, também foi usada como presidio pelo próprio império e também pelo governo republicano de Getúlio. Na Segunda Guerra Mundial foi usada pelos aliados como base militar, e assim seu aeroporto foi construído pelos norte-americanos neste período.

Somente durante os anos 80, com uma forte campanha ambiental pela preservação das espécies marinhas de Noronha e transformação de boa parte do arquipélogo em Parque Nacional é que a região passou a ser mais "descoberta" pelo turismo, especialmente por suas praias paradisíacas e rica vida natural que ali se encontrava. Em 2001 a ilha foi declarada Patrimônio Natural da Unesco.

Nos últimos anos, Noronha teve um grande "boom" especialmente pela ampla divulgação da ilha por celebridades e digital influencers, por algumas de suas praias (especialmente o sancho) serem premiadas em sites de viagens e também pelo aumento de oferta de vôos destinados ao arquipélogo. Os vôos para lá são operados pela Azul e GOL e devido ao tamanho pequeno do aeroporto são vôos de pequeno porte. Assim todos os vôos qu chegam lá fazem obrigatoriamente escala em Natal e Recife.

O período de visitação da ilha vai de acordo com a preferência do turista: de Outubro a Março costuma a ter mais ondas e alegra os surfistas. O período de Abril a Setembro é de mar mais calmo, perfeito para mergulhos ou snorkel nas águas transparentes de lá. Em qualquer período que se vá, uma coisa é certa: a internet na ilha é sempre ruim, então é sempre uma ótima oportunidade para desapegar um pouco.



Fernando de Noronha, apesar de lindíssima tem um elevado custo e algumas particularidades. Para estar lá, inicialmente paga-se uma taxa de preservação ambiental, no valor de R$ 73,52 por dia. Essa é uma taxa estadual e pode ser paga antecipadamente pela internet quando chegar na ilha. Para acessar praias localizadas no Parque Nacional Marinho, como as praias do Leão, Atalaia, Sueste e Sancho paga-se também uma taxa ao ICMBio valor de R$ 106,00, sendo a taxa valida pelo periodo de 10 dias. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Além das taxas citadas, tudo na ilha é caro: comida, transporte, hospedagem. A falta de ligação com o continente faz com que todos os produtos aqui cheguem apenas em pequenas embarcações.Um aluguel de buggy na ilha sai a 250 reais/dia, fora a gasolina. Os taxi que custam em media 25 a 40 reais por corrida. Os ônibus tem custo de R$ 5 a passagem. Apesar de mais econômicos, eles só circulam pelas principais ruas, para algumas praias as paradas podem ficar longe.
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Sobre alimentação: Noronha tem restaurantes maravilhosos, como Cabimba, Mergulhão, O Pico (nosso favorito), Xica da SIlva... Mas comer neles custa em media R$ 100 o prato. Para economizar na alimentação há sempre os mini mercados, onde se pode comprar snacks e lanchinhos e ir se alimentando sem falir.

Resturante O Pico


Em Noronha, ficamos por 7 dias. Mas com 5 dias já dá para aproveitar muito bem a ilha. Muitos turistas gostam de fazer o Ilha Tour no primeiro dia, que nada mais é do que um passeio de mais ou menos 8 horas que te levam para conhecer rapidamente toda ilha. Esse passeio custa em média R$ 250 reais por pessoa, e serve para se ter uma "visão geral da ilha", escolher suas praias e locais preferidos para voltar nos outros dias. È um passeio que ajuda, mas não é indispensável.
Outro passeio mais interessante na minha opinião, são os passeios de barco,  uma excelente oportunidade de se ver golfinhos, de se ver toda a ilha por outra perspectiva e de se fazer um aqua sub (quando o barco te puxa por uma corda amarrada em uma prancha em baixa velocidade, te permitindo ver tartarugas, cardumes e pequenos tubarões no fundo do mar). Alguns passeios de barco oferecem até churrasco a bordo com vista do pôr-do-sol no fim da tarde. A média de preços é a mesma do ilha tour.
Pôr-do-sol no barco
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Além do passeio, vamos falar aqui de alguns dos pontos que achamos mais interessantes em Fernando de NORONHA.

 Começando pela Praia do Cachorro, que é a praia mais bem localizada de Fernando de Noronha, acessível a pé a partir da Vila dos Remédios por uma escada de pedras.

A praia recebeu este nome por causa da escultura de bronze no formato de uma cabeça de cachorro que funcionava como bica para uma fonte natural de água doce que se encontra na entrada da praia.

É uma das praias mais bonitas e estruturadas da ilha, que tem águas calmas e conta com um grande atrativo: o Buraco do Galego, que nada mais é que uma piscina natural de cerca de 3 metros de diâmetro e 3 metros de profundidade formada entre as pedras da enconsta da enconsta da praia.

Praia do Cachorro

O Forte dos Remédios é um dos melhores lugares em Fernando de Noronha para ser o pôr-do-sol. Localizado em cima de uma colina de 45 metros na Vila de Nossa Senhora dos Remédios, o Forte foi construído pelos portugueses no seculo XVIII, com o objetivo de reforçar as ações militares contra os holandeses no Nordeste brasileiro.
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O Forte foi usado ainda para abrigar presos políticos no Estado Novo (1937) e também teve uso militar por tropas aliadas na Segunda Guerra Mundial.
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Hoje desativado, o Forte é patrimônio do IPHAN e um ponto imperdível para visitação em Fernando de Noronha.

Vista do Porto a partir do Forte

Forte dos Remédios

Pôr-do-Sol no Forte


Outro belo lugar para se ver o pôr-do-sol na ilha é no Forte do Boldró, que são ruínas localizadas próximas a praia do Boldró, localizadas no morro do boldró (acessível de carro) e que trazem uma vista incrível do morro dois irmãos ao fim do dia. Vale a pena dar uma passadinha lá.

Pôr-do-Sol no Boldró


Mas não podemos falar em Fernando de Noronha, sem falar na Praia do Sancho, que é a queridinha do Arquipélogo. E não é para menos: a praia foi eleita por 4 vezes a melhor praia do mundo, em 2014, 2015, 2017 e 2019 pela avaliação de viajantes de todo o planeta no site do Trip Advisor.
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E os motivos são sua transparência e cores estonteantes, suas águas calmas, sua temperatura agradável e sua grande diversidade de vida marinha, avistadas desde o raso da praia, sendo perfeita para snorkel e para banho. Em alguns meses do ano ainda há uma cachoeira natural na vegetação de acesso à praia.
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O acesso à praia do sancho se dá de duas formas: pelo mar através de barco (que chega próximo à praia mas não pode atracar em suas areias) ou por terra.
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Para chegar por terra caminha-se 320 metros por uma passarela e depois desce 200 degraus de escada a partir do mirante da praia, sendo aproximadamente 40 degraus em uma escada vertical pelas pedras e 160 degraus por uma escada de pedras naturais, na qual pode-se apoiar em corrimão. Para organizar o acesso, há uma tabela de horários determinados para descer e para subir a escada, é bom se atentar.
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Não é tão difícil quanto pode parecer, inclusive vi um grupo de pessoas de idade bem avançada fazerem o caminho. Apenas o trecho dos 40 degraus por entre as pedras pode ser claustrofóbico para alguns, pois o espaço é um pouco apertado. Mas os minutos de esforço são recompensados com aquela que é provavelmente uma das praias mais bonitas do mundo.



Toda a beleza da Praia do Sancho, vista do Mirante
Sancho


Horários para subir e descer no Sancho


Para os surfistas, a melhor praia é a Cacimba do Padre, especialmente no período de novembro a março, em que as ondas são mais tubulares. Nesse período ocorre nesta praia uma das etapas do Mundial de Surf. Nos demais meses do ano, não há tantas ondas assim.
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Para os banhistas comuns, vale conhecer seus 900 metros de faixa de areia com a vista mais bonita e próxima do Morro Dois Irmãos.
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A praia da Cacimba do Padre é uma das mais estruturadas da ilha, com aluguel de guardas sóis (a assustadores 40-50 reais o dia), serviço de comidas e bebidas. Somente as praias da Cacimba, Cachorro, Conceição é o Porto têm essa estrutura na ilha.
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Além disso, o acesso à maravilhosa Baía dos Porcos se dá apenas pela Cacimba do Padre.


Belíssima vista dos Dois Irmãos na Cacimba do Padre

Há muitos pássaros Mergulhões na Praia da Cabimba, e vê-los mergulhar no mar é muito interessante


A Baia dos Porcos é um dos grandes tesouros de Fernando de Noronha. Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, é considerada por alguns como mais bonita que a praia do Sancho. Na verdade, eu inclusive concordo
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Seu único acesso se dá através da Praia da Cacimba do Padre, subindo em uma encosta.Mas o esforço de subir 15 minutos por entre as pedras é recompensado. Além de acessar a praia, você passa por uma vista líndissima dos morros Dois Irmãos.

Dois Irmãos

Dois Irmãos - Ainda mais bonito de perto

Vista da travessia da Cacimba para a Baía dos Porcos

Baía dos Porcos vista de cima


O Porto de Fernando de Noronha vai além de um lugar de chegada e saída de embarcações. É também um dos pontos da ilha com maior abundância de vida marinha e por isso, um dos melhores pontos para se fazer snorkel ou mergulho em Noronha. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Até mesmo quem não sabe nadar pode contratar um serviço em que te conduzem para o snorkel amarrado em um colete e seguro em uma bóia. É uma oportunidade legal de avistar cardumes de peixes, tartarugas e até pequenos tubarões (que não se preocupam muito com carne humana de quinta categoria). É uma experiência muito legal que recomendo fazer quem puder.

O pequeno porto da ilha
O porto visto da Capela dos Pescadores


A Praia da Conceição é uma das praias mais estruturadas da ilha, cercada por dois bares, alguns guarda-sóis e tem a melhor vista do Pico da Conceição, um dos pontos mais altos e bonitos de Fernando de Noronha. È um lugar agradável para se passar o dia.

Praia da Conceição

Entrada da Conceição


Outros pontos interessantes na ilha são a Praia do Leão e  Praia do Sueste (ambas no Mar de Fora, voltado para o continente africano),  Praia do Meio e a Praia do Atalaia, acessada somente por uma trilha que deve ser agendada junto ao IMCBIO com no mínimo 6 dias de antecedência.

Praia do Leão

Praia do Sueste


Uma coisa é certa, quem permite-se Noronhar por um dias,  nunca mais se esquece.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Cidade do Panamá


A Cidade do Panamá definitivamente entrou na rota turística das Américas. Seja pelo famoso canal do panamá, por sua história, pelo turismo de compras (afinal, o país é tax free) ou até pela fama de Dubai das Américas, devido ao arranhas céus que surgiram na cidade nos últimos.

A cidade é também um dos maiores pontos de conexões aéreas do continente. A Copa Airlines, cia aérea panamenha, é uma das líderes em rotas para o Caribe e para América do Norte, assim, é muito comum que a Cidade do Panamá seja usada como conexão em rotas da Copa. Foi o que ocorreu comigo. Pegando um vôo de Las Vegas com destino ao Brasil pela Copa, tinha uma conexão de 10 horas pela cidade. Então pensei: ao invés da longa espera no aeroporto, porque não conhecer a cidade?

Assim, agendei com a guia panamá (https://guiapanama.com.br/) um "day tour" no valor de 85 dólares por pessoa. Eles te buscam no aeroporto, te levam a passear pelos principais pontos da cidade e te deixam novamente no fim do dia. O Roque, que nos atendeu, é extremamente atencioso e rico de informações sobre o país. Fica aqui minha recomendação para o serviço deles.
Lembrete: para descer no país é obrigatório apresentar o Certificado de Vacinação Contra Febre Amarela no Aeroporto.

Apesar do tempo curto, conseguimos passar pelos três principais pontos da cidade: O Casco Viejo, O Canal do Panamá  e Amador Causeway.
Placa na Amador Causeway

O Amador Causeway (ou Calçada Amador) é um calçadão/ponte de 7 Kms que conecta as ilhas  Naos, Punta Culebra, Perico e Flamenco. A ponte foi construída em 1923 com terra retirada do canal do Panamá. A ilha Naos pertenceu aos Estados Unidos durante muitos anos como ponto de proteção do canal.

Quando o Canal passou ao controle panamenho em 1999, a região foi revitalizada, tornando-se ponto muito utilizado por famílias locais para aproveitar os momentos de lazer. A região é acessada pela Puente de las Américas, que até 2004 era o único ponto de ligação entre as Américas. Uma atração interessante no caminho a Amador é o Museu da Biodiversidade.

Após isso fomos ao Casco Viejo ou Casco Antíguo, conhecido também como o Centro histórico da Cidade do Panamá. O Casco Viejo é a partir da onde a cidade foi re-construída (a primeira versão da cidade foi destruída por piratas em 1671) considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Praça Bolívar, no Casco Viejo

Praça Bolívar, no Casco Viejo (2)

Antigo convento, no Casco Viejo

As casas antigas e belas do Casco Viejo


O lugar é bonito e muito agradável de se passear. Foi meu ponto preferido na cidade. Aproveitamos para almoçar um belo ceviche e caminhar entre os seus casarões, prédios públicos e igrejas antigas. No Casco, recomendo passear  pela Praça Bolívar, pelo Arco Chato e pelo antigo convento do Casco.

Por fim uma passagem pelo famoso Canal do Panamá, a famosa obra de integração entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, considerada uma das maiores obras de engenharia da história da humanidade. O canal possui 80 kms de extensão, e é a maior fonte de renda do país. Por ele circulam anualmente cerca de 600 milhões de mercadorias. Para entender como o canal trata os desníveis entre os lagos que transportam as embarcações de um oceano a outro, recomendo ver esse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Ze0YTRezK98

No local, há um museu com a história da construção do Canal, e um observatório das eclusas. Ficamos na eclusa de Miraflores. Nós tivemos muita sorte, e conseguimos até observar um navio passando pelo Canal. A entrada no canal custou aproximadamente 20 dólares.

Olha o barco chegando..

Eclusa Miraflores, no observatório do Canal

Barco atravessando o Canal


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Amsterdã

Amsterdã é sem dúvida uma das cidades mais encantadoras que já visitei. Bela em qualquer estação do ano (mas um pouco mais na primavera), amsterdã é encantadora com as suas tradicionais casinhas verticais, com seus canais, suas ciclovias, com seus inúmeros museus, com sua organização.

De cara, é importante saber que a cidade é dominada pelas bicicletas. As bicicletas são usadas por quase todos. Há ciclovias por toda a cidade, e é mais provável que você possa ser atropelado por uma bike em amsterdã do que por um carro (quase aconteceu comigo inclusive! hahaha). Em qualquer bairro, pode-se observar os estacionamentos de bicicleta quase sempre lotados.
Não bastasse a cidade ser incrível para os ciclistas, ela ainda tem um transporte público muito eficiente. Os trans (bondes) são modernos e te levam para quase toda a cidade. Além disso, também não é incomum ver veículos elétricos e carregadores para estes veículos nas principais avenidas da cidade. Isso que é um lugar sustentável.
Amsterdã e suas bicicletas


Não me hospedei na principal zona turística, pois precisava economizar um pouco. Porém com toda essa facilidade de transporte, não tive qualquer dificuldade em me locomover pela cidade.

No primeiro dia, ignoramos o frio do inverno holandês começamos pelo belíssimo bairro de Jordaan. Lá, visitamos o museu da Anne Frank, que fica na casa onde a mesma se morava e se escondia. Nesta casa, ela escreveu os diários com os relatos que emocionaram o mundo descrevendo a sua vida de refugiada judia durante a segunda guerra. A visita emociona e vale a pena.  Porém, recomendo que compre os ingressos pela internet para já ter acesso direto ao museu, sem pegar a longa fila que se faz em frente a ele todos os dias.
O belo bairro de Joordan



O museu de Anne Frank

Saindo de lá, fomos ao Museu da Heineken Experience. Um museu interativo, divertido. Vale muito apena para os amantes da famosa cerveja holandesa. Perto do museu, no bairro de De Pijp, recomendo muito a visita ao Albert Cuypmarkt, a maior feira a céu aberto da Europa. Òtima oportunidade de comprar umas bugigangas e comer um delicioso waffle ou stroopwafel (o famoso doce holandes composto de waffle e caramelo).
Heineken Experince por dentro

Albert Cuypmarkt

Os deliciosos Waffles

Heineken Experience por fora


No segundo dia, fomos à Museuplein, a famosa praça dos Museus, que é uma belíssima áreas verde cercada pelos maiores museus da cidade: Van Gogh, Stedelijk e principalmente o Rijksmuseum, que tem o maior acervo do país. Em frente ao Rijksmuseum a famosa placa de "Iamsterdam". Em frente a ela, há um lago (que vira pista de patinação no inverno). Como a placa está sempre lotada, deixo a dica: existe outra dessa em frente ao Aeroporto, bem menos lotada e mais tranquila para se tirar uma foto. Aproveitamos a ida entre os museus para curtir um tempo na praça, que é bem gostosa. Aparentemente, o pessoal gosta bastante de fazer isso também. 

Van Gogh

Van Gogh

Rijksmuseum

Rijksmuseum


Após isso, fomos até a Estação Centraal, construída no final do século XIX, com estilo neorrenascentista. È de lá que chegam e partem os trens de amsterdã para outras partes da Europa.  No caminho da estação passamos pelo Red Light District, o "Distrito da Luz Vermelha", conhecido pelas garotas de programas que ficam em vitrines.

A prostituição é uma profissão legalizada na cidade, com todos os direitos sociais incluídos. Mas ao contrário do que se possa imaginar, o distrito não é barra pesada. As vitrines com as profissionais dividem espaços com estabelecimentos comerciais e até igreja. Coisas que a gente só vê em Amsterdã. Porém, não é permitido tirar fotos das vitrines. Elas não gostam, e podem até tentar tomar sua câmera.

Passeio de barco pelos canais

Estação Centraal


Outra particularidade de Amsterdã são os Coffee Shops, onde a venda e consumo da maconha é legalizada (porém restrita aos Coffee Shops). Esses lugares passam desapercebidos pelos locais, mas sempre chamam a atençaõ dos turistas.

Para finalizar o dia, fizemos um passeio de barco noturno pelos canais da cidade. O passeio é uma forma interessante de se conhecer boa parte da cidade por outra perspectiva, e tem guia d e áudio em várias linguas explicando sobre os pontos e a origem de Amsterdã, incluindo guia em Português.

No último dia, fomos à Dam Square, praça mais importante da cidade, rodeada de edifícios históricos, como o Palácio Real. No centro da praça há também um Obelisco de 22 metros construído em homeangem aos holandeses falecidos na segunda guerra mundial.
Por fim, fomos no museu de cera Madame Toussauds, aquele passeio clichê, brega, mas sempre muito divertido.

Dam Square

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Interlaken e Jungfraujoch

Interlaken

Interlaken é uma das cidades mais charmosas e adoráveis da Suiça. Pequena e pacata, com cerca de 5000 habitantes, a cidade fica localizada entre dois lagos, Thun e Brienz, e esta é a origem do seu nome (Interlaken = Entre Lagos).

A cidade é também cercada por três imponentes montanhas, sendo um destino muito procurado por estar cercada de belas paisagens, e também pelo fácil acesso a esportes radicais, especialmente os de inverno. È também um destino muito procurado pelo seu fácil acesso a Jungraujoch, a estação ferroviária mais alta da europa, com 3454 metros acima do nível do mar.

Interlaken possui duas estações de trem, Ost e West. Geralmente os trens para Jungfrau saem da primeira estação. Já na segunda é próxima ao centro histórico da cidade. Descemos na estação Ost, que ficava mais próxima de nossa hotel, e fomos caminhar pela avenida Hoheweg, a avenida principal da cidade, que fica entre as duas estações. Nesta avenida há a maior parte do comercio de Interlaken, tradicionais lojas de relógio, souvenirs, hotéis e restaurantes. Há também um cassino nessa avenida.

Aproveitamos uma pausa para provar o tradicional Fondue suiço, depois passeamos pela orla do lago Brienz, cujo o tom azul turquesa é de impressionar, e nos encantávamos com toda aquela beleza cercada dos alpes ao fundo. Nem mesmo o frio (afinal fomos no final do inverno), era capaz de intimidar.

As casas de Interlaken

Os alpes suiços ao fundo


Fondue =)

Igrejas no estilo gótico, comum na Suiça

Lago Brienz, e sua cor impressionante




Então era hora de descansar e prepara as energias para o dia seguinte, quando íamos a Jungfraujoch

Jungfraujoch

Jungfraujoch é um passeio que ocupa todo o seu dia, mesmo que você esteja hospedado em lugar próximo, como Interlaken. Todavia, é um passeio imperdível para quem passa pela Suiça, afinal não é todo dia que se tem oportunidade de chegar ao ponto mais alto dos Alpes. Lá é possível ver neve em qualquer estação do ano. Sim, isso mesmo. Até por isso, o lugar é considerado patrimônio da Unesco.

A única forma de chegar lá é via trem. Saindo de Interlaken, gastam-se 3 horas para ir, e 3 horas para voltar a Jungrau, isso se você optar por não parar em nenhuma das estações intermediárias, o que é difícil, já que o trajeto em si já é especial, com todos aqueles telhados e montanhas cobertos de branco, pequenas vilas deslumbrantes eram tão lindos que pareciamos estar em um conto de fadas. Na verdade, estávamos, de certa forma, ao menos em um cenário de filme. Lauterbrunnen foi a cidade que inspirou Valfenda, do filme O Senhor dos Anéis (http://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2015/07/conheca-o-charmoso-vilarejo-que-inspirou-tolkien-criar-valfenda-cidadela-dos-elfos.html). Prepare a sua câmera.

Há dois caminhos diferentes para ir ou chegar a Jungfraujoch. Um caminho passa Grindewald e Kleine Scheidegg, já o outro passa por Lauterbrunnen e Kleine Scheidegg. È possível descer nas estações destes locais e passear um pouco. Ou, se quiser chegar logo no destino final, basta descer e já pegar o próximo trem, algo que não demora mais do que 10 ou 15 minutos. Como cada um tem seu próprio atrativo, recomendamos ir por um e voltar por outro caminho.

Mapa das estações entre Interlaken e Jungfraujoch
Da janela do trem

Estação de Kleine Scheidegg


È impressionante pensar que a ferrovia deste caminho foi construída há mais de 100 anos, com ferramentas rudimentares e condições climáticas desfavoráveis. Parte do trajeto, especialmente nos últimos quilômetros, passa por dentro das montinhas, Então, chegamos ao tão aguardado destino.

Jungfrauch tem uma ótima estrutura, com uma variedade de atividades. Tem restaurante, loja de chocolate da Lindt, estrutura para esportes de gelo, um mirante incrível, além do palácio de gelo. Começamos nosso passeio pela Geleira Aletsch, que com 22 km de extensão é considerado o maior rio de gelo dos alpes. Sobre a geleira, há um platô, que permite uma bela vista das montanhas.

Geleira Aletsch


Temperatura ambiente

Encantos de Jungraujoch

Abaixo da geleira, o Palácio de Gelo, um lugar totalmente coberto de gelo, com túneis em branco. O palácio é todo coberto de galerias e estruturas de gelo, em uma área de 1000 m2. Então, fomos ao Terraço Sphinx, para a melhor vista de Jungraujoch.

Terraço Sphinx

Palácio de gelo

Esculturas do palácio de gelo


Quem viu a Era do Gelo sabe.


Por fim, almoçamos com aquela vista maravilhosa dos alpes, tomando uma Weiss, e claro, fechamos com chave de ouro na loja da Lindt.  Na volta, ao aguardarmos nosso trem, houve um atraso de 15 minutos, o que é bem ofensivo para a famosa "pontualidade suíça". Por isso, a empresa pedia desculpas a todo o momento e presenteava os passageiros com diversos chocolates como forma de compensação. Se 15 minutos incomodou a empresa, imagino se passassem uma temporada aqui no Brasil.


Lindt em Jungraujoch


Obs: Em todo o passeio, importante evitar movimentos bruscos e descansar caso sinta algum sintoma de fadiga. Como se está a mais de 3000 metros acima do nível do mar, esses sintomas podem ocorrer. Porém, certamente não estragarão o seu passeio.